terça-feira, 16 de abril de 2013

Heterossexualidade sem homofobia e homossexualidade sem heterofobia.

     
     Se todos somos igualmente marcados pelo pecado, tanto potencialmente como na prática, a discriminação por razões morais e religiosas contra, por exemplo, os gays, torna-se ridícula e hipócrita, além de acrescentar mais um pecado ao nosso vergonhoso currículo moral. Além do mais, a oposição que alguns fazem à homossexualidade não é educada, inteligente, coerente e caridosa. Há casos de agressão verbal e física. Em algumas vertentes muçulmanas acentuadamente fundamentalistas, os homossexuais podem ser condenados à morte. Nem todos os prisioneiros dos muitos campos de concentração eram judeus ou inimigos do regime nazista - alguns eram apenas homossexuais.

     Em contrapartida, os homossexuais não podem dar lugar à heterofobia. Eles podem sair do armário sem pretender colocar os héteros nos armários vazios. A sociedade precisa enxergar esse processo em andamento. Se os homossexuais podem defender a bandeira da homossexualidade, por que os heterossexuais não podem defender a bandeira da heterossexualidade?

     Se a consciência de um homossexual não o deixar em paz, apesar do apoio ostensivo da mídia, de alguns profissionais da saúde e até de alguns líderes religiosos, por que não se pode dar a ele auxílio psicológico ou pastoral, caso a pessoa espontaneamente o deseje? Se uma igreja se recusa a celebrar um casamento gay ou ordenar um padre ou pastor homossexual, por que zombar, perseguir, multar ou prender o responsável por esse comportamento, exigido por seu credo? Os homos querem liberdade de pensamento e de ação. O mesmo acontece com os héteros.

     A prática homossexual é condenada pelas três religiões monoteístas do planeta: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. No caso dos protestantes, enquanto eles se conservarem fiéis às Escrituras Sagradas, sua única regra de fé e prática, a conduta homossexual será considerada um desvio sexual. Entretanto, os cristãos horrorizados com a homossexualidade se obrigam pela mesma Bíblia a ficar horrorizados também com o adultério, com a hipocrisia, com o roubo, com o egocentrismo, com a soberba, com a incredulidade, com a inveja, com a violência, com a berrante injustiça social e daí por diante. 

   
     E com a mesma intensidade!

Fonte: Revista Ultimato Ed. 325
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/325/heterossexualidade-sem-homofobia-e-homossexualidade-sem-heterofobia/#.UWx8e-IwAfs.facebook

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Caso Marco Feliciano: posição oficial da Convenção Batista Nacional.


"Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações". Apóstolo Paulo, na Primeira Carta aTimóteo, 1.5-7.
"Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, cada pessoa vai prestar contas de toda palavra inútil que falou. Porque as suas palavras vão servir para julgar se você é inocente ou culpado". Jesus Cristo, no Evangelho segundo São Mateus 12.36 NTLH
Face ao tema desgastado, mas ainda não sepultado pela mídia envolvendo a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, tenho sido concitado a um posicionamento em nome de nossa denominação. Prefiro, porém, apenas expressar meu lamento por situação tão pequena ganhar repercussão e dar vazão a um circo de vaidades.

Lamento que a igreja brasileira produza e promova pessoas com oratória inflamada, mesmo com argumentos fracos e não bíblicos, simplesmente por serem portadores de um carisma pessoal, capazes de envolver pessoas com suas performances extravagantes travestidas de manifestação de poder espiritual.

Lamento que as Sagradas Escrituras sejam vilipendiadas pelos ditos pregadores, desprovidos de capacidade de análise piedosa e pregação simples e sincera, pois falam do que não conhecem e tentam explicar o inexplicável, apenas para arrogar maior saber diante um auditório impressionável, diante de alguém que convoca serafins à sua presença, transfere unção, proclama coisas nunca antes ditas ou frases de efeito similares.

Lamento que a igreja brasileira alimente o ego dos seus artistas e conferencistas com pagamentos absurdos de cachês, na promoção de eventos que visam apenas promoção das próprias igrejas ou ministérios, aumento da visibilidade dos promotores ou participantes para projetos pessoais ou políticos, e ainda obtenção de algum lucro financeiro. 

Lamento que os evangélicos sejam ludibriados ao escolher candidatos que os representem nas diversas instâncias do poder republicano, pessoas despreparadas para o exercício de um mandato público, que se apresentam como voz profética ou defensores do evangelho, mas na verdade estão desenvolvendo seus projetos de poder e projeção pessoal.

Lamento que o sistema legislativo do Brasil seja tão vulnerável às manipulações pelos grupos de interesse partidários ou econômicos, de modo que o funcionamento tanto da Câmara como do Senado Federal são pouco produtivos na elaboração de leis ou na regulamentação dos dispositivos do Estado, que visa o bem estar da população brasileira.
Lamento que a CDHM seja vista pelos deputados como uma comissão de pouca expressão, por não ter peso econômico, assim como lamento o uso eleitoreiro dela por parlamentares evangélicos.

Lamento que as casas do legislativo sejam vistas pela população brasileira como reduto de gente que advoga em causa própria, usufrui benefícios e mordomias, distribui cargos e verbas para amigos ou correligionários, barganha com o Poder Executivo na busca de vantagens políticas, acoberta condenados e promove a impunidade, onera os cofres públicos e pouco serviço presta à população.

Lamento que a grande mídia tome o caminho das generalizações e infle assuntos de pequena importância, omitindo a discussão sobre os verdadeiros problemas da sociedade brasileira, evitando expor nomes e situações daqueles que operam o grande orçamento da propaganda das grandes empresas estatais, mostrando-se tão corrupta ou oportunista como os eventuais personagens que ocasionalmente se presta a denunciar. 

Lamento que os evangélicos sejam taxados pelo neologismo de homofóbicos, simplesmente porque entendem a prática homossexual como pecaminosa e convidam à conversão aqueles que voluntária e livremente buscam ajuda espiritual para abandonar tal prática. 

Lamento que os ativistas da causa GLTBS causem tanto barulho e sejam tão preconceituosos contra os evangélicos, acusando-nos de fundamentalistas religiosos ou repressores, enquanto eles mesmos não admitem tentar impor uma ditadura da minoria à sociedade brasileira, majoritariamente de moral cristã e regime familiar tradicional.

Lamento que os direitos dos homossexuais estejam na agenda mundial como tema de extrema urgência, enquanto o problema da violência contra a mulher, a exploração sexual de crianças e adolescentes, o abandono do idoso, a problemática da fome, o acesso à medicação e políticas de saúde, o trabalho escravo, a discriminação racial, a desigualdade social e outras mazelas não pareçam ser do interesse da mídia e do capital.

Lamento que todo dia as páginas dos jornais e sites de notícias estampem alguma informação inútil sobre a CDHM e seu controvertido presidente, que como parlamentar tem o direito de ocupar o cargo, mas como pastor deveria ter aprendido a não vociferar bravatas teológicas ou palavras frívolas em suas palestras religiosas, pois ele está sendo julgado, não pré-julgado, pelo que disse.

Lamento que todo esse imbróglio, de fato uma cortina de fumaça para distrair os tolos e ocupar gente ociosa com causas estéreis, a verdade, a justiça e os direitos humanos sejam as verdadeiras vítimas nesse circo de vaidades, pois nenhum tema propositivo de significância foi gestado pela CDHM nos últimos tempos, e de agora em diante, nada se deve esperar.

Lamento que a igreja evangélica brasileira tenha sido levada a um paradoxo ético: Como se posicionar a favor de um deputado pastor falastrão despreparado teológica e politicamente? Como endossar a abordagem preconceituosa, mentirosa e oportunista promovida pela mídia, a serviço dos movimentos GLTBS e dos interesses políticos escusos, que usam a situação para tirar o foco de outros personagens e temas?

Lamento ter que falar, quando honestamente, preferia ficar calado.

Pr. José Carlos da Silva
Presidente da Convenção Batista Nacional

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mias qualidade, por favor.

   
 "Creio que é chegado o momento de gastarmos tempo e recursos investindo na qualidade de nosso rebanho. Se quisermos que a igreja seja a expressão íntegra da 'noiva de Cristo', ou mesmo o 'Corpo de Cristo', temos de nos dedicar ao controle de qualidade e da garantia". 

     "Antes de tentar encher nossos templos com novos convertidos, seria melhor investir na qualidade da vida daqueles que já estão dentro da igreja. Por essa razão, muitos se decepcionam e voltam para o mundo. Não há nada melhor do que um crescimento gradativo e equilibrado. Para tanto, discipulado é a grande alternativa."
                                                                    Paulo Solonca


Extraído de "Lutando pela  Igreja" - reflexões e configurações de uma igreja relevante para o século XXI - VOXLITTERIS - Hagnos - 1a. Edição - Março 2012,  pg. 140 e 152.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Encontro de Unidade na Igreja Evangélica "do Encontro"

     
     A 1a. Igreja Evangélica do Encontro de Santa Rita foi palco de mais um CULTO DA UNIDADE promovido pelo conselho de pastores de nossa cidade.
     


   Dirigida pelo pastor Pedro, a igreja, após a mudança de endereço, vem adquirindo visibilidade no cenário evangélico local.
     



   O louvor ficou a cargo do diácono André com uma participação especial do Pr. Zacarias do Ministério Amor Maior .



   O pastor Mário ministrou a palavra que muito nos edificou.

  

   
   Ao final, os pastores presentes oraram pela cidade e pelo povo de Deus.

    A Deus todo louvor!!