Sem incorrer no equívoco da generalização, o púlpito cristão tem se apresentado um tanto anêmico. Não é a toa que os cultos estão se tornado espaço de entretenimento. Boa música, coreografias bem elaboradas, teatro criativo, decoração moderna, assentos confortáveis e o tempo limite de uma hora ou mais, para não "cansar" os assistentes. Por quê? Talvez porque o púlpito se esvaziou.
Receio que, o que hoje chamamos de "igreja", ou congregação dos santos, ou Israel de Deus ou mesmo o Corpo de Cristo na Terra, esteja se tornando uma extensão bizarra das redes sociais.
O ímpeto profético, o "kerigma", o brado de vitória da cruz, o apelo do túmulo vazio, o chamado ao discipulado e seu preço, o convite amoroso à santificação e o derramar suave e poderoso do Espírito Santo, parecem ter permanecido num passado distante. Hoje é historia. Só podemos ver isso nos livros ou vídeos antigos do YouTube.
O sermão precisa voltar a incomodar os acomodados e consolar os que estão sofrendo. O sermão precisa ser "A Palavra de Deus" e não "sobre (acerca da) a Palavra de Deus". O púlpito precisa voltar seu apelo à reflexão e não apenas à emoção. Como dizia Jonathan Edwards, iluminar a mente e aquecer o coração. O povo evangélico sofre de analfabetismo bíblico e a culpa é nossa!
O pregador não pode temer os que lhe ouvem. Não pode temer afirmar e reafirmar a verdade.
Precisamos evitar a todo custo, no final do sermão, dar a impressão que a conclusão é um ... "fica a dica". Mil vezes NÃO! Em vez disso, um retumbante "assim diz o SENHOR".
Que assim seja, em nome de Jesus.
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