domingo, 5 de julho de 2020

O que um Conselho de Pastores não é...

O Conselho de Pastores não é "União de Igrejas".
Unir igrejas não é proposta do Conselho, pois as igrejas locais estão vinculadas as suas respectivas denominações, tem gerência própria, ênfases doutrinárias específicas e liturgia peculiar. 

O Conselho não é "Órgão Regulador".
Ou seja, não se propõe a determinar regras a serem cumpridas pelas igrejas ou seus pastores. Já existem leis municipais, estaduais e federais para isso. Além do mais, cada denominação tem suas próprias diretrizes e devem estar alinhadas a elas.

O Conselho de Pastores não é a voz dos Evangélicos.
O meio Evangélico é multifacetado e por isso é impossível uma única agremiação se arrogar a ser a voz evangélica, quer numa cidade ou região. Cada pastor fala por si e cada igreja local emite sua voz, mas o Conselho não tem por finalidade unificar as vozes.

O Conselho de Pastores não tem perfil doutrinário ou teológico.
Não colocamos em pauta assuntos de ordem doutrinária ou teológica. Existe um credo unificador para servir de crivo para os que desejam entrar para o Conselho, mas não nos propomos a discutir doutrina ou teologia pois isso fugiria de nossa essência. Nossa base é a Bíblia, nosso alvo é Cristo e nosso anseio é o equilíbrio.

O Conselho de Pastores não é força política.
Mesmo entendendo que a política necessita de homens e mulheres de Deus, o Conselho não tem cor partidária, não promove políticos. Também não se opõe a que um de seus membros ingresse na política, mas não se compromete em apoiá-lo como instituição. Não há ideologia politica em um Conselho de Pastores.

O Conselho de Pastores é um ambiente fraterno, onde servos e servas de Deus encontram conforto, amparo e segurança para desempenharem seu papel à frente do povo de Deus - ambiente confiável para compartilhas lutas e vitórias, rir e chorar, orar e receber oração, dividir fardos e recuperar forças.

Pr. Sérgio Marcos
Julho 2020

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Nosso Credo



Confissão de Fé

1-A Bíblia
Cremos que Bíblia é a Palavra de Deus, do Gênesis até ao Apocalipse. Cremos que nela não há erros, sendo ela a revelação de Deus aos homens, especialmente da Sua graça para a salvação do ser humano. Cremos ser a Bíblia o único fundamento e a suprema autoridade para fé e prática. Cremos que as Escrituras têm primazia sobre as tradições e as experiências humanas, pois a Palavra gerou a Igreja, não o contrário. (Mt. 22:29; Mt. 5:18; Jo. 17:17; At. 17:11; II Tm. 3:16 e 17; II Pe. 1:20 e21)

2-Deus
Cremos em um Único Deus, Perfeito, Infinito, Imutável, Soberano, Misericordioso e Amoroso existindo eterna, distinta e perfeitamente como o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

3- O Homem
Cremos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas optou pela desobediência,  estando, por isto, morto em seus delitos e pecados e somente através da atuação do Espírito Santo, levando-o à Cristo, poderá ser regenerado pela atuação purificadora do sangue de Jesus. (Gn. 1:26e27; 2:17; 3:16; ICo. 15:21e22; Rm. 3:9a23; Ef. 2:1a3; Jo.3:36 Tt 3:5)

4- A Salvação
Cremos que a salvação é graça de Deus, nada podendo o homem fazer para obtê-la a não ser aceitá-la, pois suas obras de justiça são trapos de imundícia (Is.64:6). Cremos que o sangue de Jesus purifica de todo o pecado, tornado-o filho de Deus, eleito para a vida eterna. (Jo.1:12; 3:1a36; 5:24; 10:27a30; Ef.1:3a14; 2:4a10; Tt.3:4a7; Rm.5:9a11)

5- A Igreja
Cremos que a Igreja é formada por todos aqueles que foram regenerados pela atuação do Espírito Santo mediante a fé salvadora no poder do sangue de Jesus Cristo. Cremos que o Senhor Jesus outorgou autoridade à Igreja para pregar o evangelho a todos os homens. Cremos que Jesus voltará para buscar a sua Igreja. Que a Igreja, apesar de dividida em denominações, encontra unidade na diversidade mediante a obediência ao Espírito Santo. Cremos ser essencial a unidade numa cidade ou localidade para que o Reino de Deus se expresse com clareza e haja frutos e verdadeiro impacto social. (At.2:41e42; 14:27; Rm.12:5; Ef.1:22e23; 5:23e24; ICo. 12; 12a14; IICo 11:2)

6- O Adversário
Cremos que o adversário, Satanás, continuamente trabalha contra as obras de Deus e que caiu da sua condição de querubim ungido pela soberba  (Ez.28:13a19), arrastando consigo os demônios, e que apesar de vencido, não se dá por vencido e que age através de tentações, opressões e possessões. Cremos que o seu  destino está selado; seu tempo está determinado por Deus e que foi derrotado pela morte  e ressurreição de Jesus Cristo. Cremos que será  finalmente lançado no lago de fogo e enxofre com todos os seus súditos. (Lc. 22:31e32; Jo.14:30; 6:10a12; IICo. 4:4; 11:1a4e13a15; ITm. 3:6; IITm. 2:26; IPe. 5:8e9; IJo.5:18e19; Ap. 12:10a12)

7 - A Eternidade
Cremos que todos os que aceitaram ao Senhor Jesus Cristo, já passaram da morte para a vida. Cremos, também, que os ímpios participarão da segunda ressurreição, quando apresentar-se-ão diante do Grande Trono Branco e receberão a justa condenação por não terem aceitado o único caminho de salvação para suas almas. Cremos que este castigo será eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos. Cremos, por fim, que neste dia, todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Mt.25:34a41; Jo.5:28e29; ITs.4:16e17; IITs 1:7a9; Ap.20:4a6; Ap.20:11a15)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O que havia em Billy Graham que falta nos pregadores de hoje?

    
Billy Graham foi um homem do seu tempo, profundo  conhecedor da sociedade à quem ministrava. Soube, como poucos, atrair multidões com o Evangelho puro e simples, sem apelos de marketing, sem a "teologia" da prosperidade, sem promessas de cura e libertação.As pessoas iam ouvi-lo devido ao testemunho de vidas transformadas. Iam porque necessitavam de paz, conforto e segurança que só podem ser encontrados em Jesus. Havia em Billy Graham um compromisso com a Palavra de Deus: a Bíblia.
     Billy Graham não tinha nenhum pudor em denunciar os pecados de sua geração, apontando para cada um deles como a causa única do infortúnio e miséria espirituais  em que estavam atolados. Billy Graham não se envergonhava do Evangelho todo e o pregou integralmente.
     Ao se dirigir a uma certa localidade, região ou país, estudava a cultura, os hábitos e os pecados nacionais para não poupar, de modo algum, o confronto com suas consciências endurecidas. Apresentava Jesus Cristo como o único e todo suficiente Salvador e Senhor. Billy Graham teve a compaixão e a humildade de entender as diferenças culturais e adequou a comunicação do Evangelho sem prejudicar a essência do Evangelho.
     Uma das razões de suas enormes audiências é que Billy Graham dispunha de delegados em várias denominações. Ele foi um ministro que cria na unidade da Igreja como a maior força espiritual de uma localidade. Suas cruzadas eram cuidadosamente planejadas e contavam com a parceria das igrejas evangélicas da região. Este trabalho em conjunto foi coroado de êxito e o Espírito Santo se manifestava com poder em converter pessoas onde o povo de Deus estava em união,  ordenando ali a sua bênção. Billy Graham reconheceu o poder que havia na unidade do Corpo de Cristo, Sua Igreja.
    Billy Graham poderia ser considerado um apóstolo em sua geração, pois muitos convertidos tornaram-se pastores de renome, missionários, mestres da Bíblia e escritores prolíficos. Billy Graham teve o cuidado de ser relevante ser ser tolerante com o pecado; de ser firme sem perder a ternura; de ser autêntico sem perder a criatividade; de aproveitar as oportunidades sem ser oportunista.
    


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Está com o Senhor

     "É com pesar que a família e a Editora Ultimato comunicam o falecimento do pastor Elben Magalhães Lenz César. Aos 86 anos, Elben César morreu hoje, quinta-feira, dia 6 de outubro de 2016, às 1h08 min., no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, MG, vítima de uma parada cardíaca, resultado das complicações clínicas enfrentadas nos últimos 29 dias de internação, após uma queda, em casa. Ele era casado com Djanira Momesso César, pai de cinco filhas, avô de dez netos e bisavô de quatro bisnetos".
    

     Foi com estas palavras que a Editora Ultimato, uma das principais editoras cristãs de fé evangélica no país, anunciou o falecimento de seu fundador, presidente e mentor. 

     O legado do irmão Élben não poderá ser medido tão cedo, mas o que mais me tocou foi sua devoção à unidade da Igreja de Cristo. Sua revista não tinha coloração denominacional e tem circulação ininterrupta por 49 anos. Transitava com extrema facilidade entre reformados, pentecostais e católicos pois sempre foi cristocêntrico e amante da Bíblia Sagrada.

     Fará muita falta. Quem não conhece a Revista Ultimato está perdendo uma fonte de edificação espiritual das mais abundantes. Recomendo insistentemente.
     
Sérgio Marcos dos Santos

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O que é espiritismo cristão?



           
                Tenho visto muita sinceridade em alguns religiosos e sua disposição em fazer a diferença nos dias atuais, mas sinceridade, por si só, não basta. Posso estar sinceramente errado caso não aja com coerência, conhecimento dos fatos e reflexão.
                Vejamos. Cristianismo é Cristo. Sua vida, ensinos, morte, sepultamento ressurreição. O livro que vindica autoridade para assuntos cristãos é a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, mais precisamente os Evangelhos.
                Jesus foi um judeu e cuidadoso praticante do judaísmo. Afirmou categoricamente que veio para cumprir a lei e não revoga-la. O judaísmo praticado por Jesus estava em estreita consonância com o judaísmo vétero-testamentário. Se isso é verdade, o judaísmo praticado por Jesus, condenava a consulta aos mortos (Deuteronômio 18:9 à 12), negava a reencarnação (Lucas 16:25 à 31) e afirmava a divindade do Messias, o Cristo  (Isaías 7:14 – Mateus 1:23).
                O espiritismo kardecista, como sistema religioso, é oriundo do induísmo e ganhou “roupagem cristã” apenas com respeito a ética religiosa, mantendo a crença na transmigração das almas e  na doutrina do carma, vendo o Cristo como iluminado, o mais iluminado de todos, porém negando sua natureza divina.
                A pedra fundamental do cristianismo é a crença na divindade de Cristo, amplamente embasada no Antigo Testamento e fartamente demonstrada no Novo. Jesus nasce de uma virgem, anda sobre as águas, acalma tempestades, cura cegos de nascença, transforma água em vinho, multiplica pães e peixes, ama inimigos, prevê sua morte e ressurreição, recebe um corpo glorificado (material, mas não mais sujeito à matéria e a morte) sobe aos céus de modo visível e promete voltar.
                A principal evidencia de sua deidade não estão nos fatos históricos miraculosos, extraordinários, mas encrustado no segundo evangelho: “Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: - Filho, os seus pecados estão perdoados. Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo:  - Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus? Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: - Por que vocês estão remoendo essas coisas em seus corações? Que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levante-se, pegue a sua maca e ande’?  Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados — disse ao paralítico —  eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa. Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos. Estes ficaram atônitos e glorificaram a Deus, dizendo: - Nunca vimos nada igual! " (Marcos 2:5 à 12)
                Pensando bem, se somente Deus pode perdoar pecados, das duas uma: ou Jesus é um usurpador, farsante, arrogante, prepotente e mentiroso, ou ele é Deus. Pensando bem, não acredito que Jesus de Nazaré seja um farsante, um mentiroso.
                Pensando bem, a simples adesão à ética do cristianismo, excluindo a crença da divindade de Cristo não torna um corpo de crenças de origem indú uma modalidade de cristianismo.
                Pensando bem, ou sou espírita ou sou cristão. Se for um bom cristão, não poderei ser espírita. Se for um bom espírita não poderei me considerar um cristão. A expressão “espiritismo cristão” é insustentável. Pense bem.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Pecados que alguns pastores costumam cometer.

     
     Se não sabia agora sabe: pastores são pecadores. 
   
    ...e a variedade de pecados é ainda maior devido a sua posição. Disse Jesus: "a quem muito é dado, muito é exigido" e  Tiago completou afirmando que "Não desejemos ser mestres, pois receberemos maior juízo"
     Dá pra encarar? Sim, dá, mas com o entendimento que o pecado é uma ameaça constante

     Sem cair no grave erro da generalização, vejamos:

     1.Preguiça - muitos costumam ser preguiçosos, especialmente os de "tempo integral". Achando-se  "patrões de si mesmos" tendem a dar uma relaxadinha, aperfeiçoando-se na arte de dar desculpas. Certo pastor acabou denunciando-se a si mesmo, pois sempre usava ilustrações tiradas do Vídeo Show ou da Sessão da Tarde em seus sermões. Ovelhas são ovelhas, não burros.

     2.Procrastinação - muitos tem a péssima mania de adiar compromissos, postergar reuniões, adiar visitas difíceis, aconselhamentos complicados. Fazem isso muitas vezes  afirmando que "há tempo pra tudo" (?!)

     3.Esquecimento - conheço ovelhas que estão esperando o pastor visitá-las à mais de cinco anos! Sem exagero. Disse: " - Irei a sua casa semana que vem". Esqueceu de dizer o ano. As desculpas são as mais variadas, mas no fundo é preciso admitir que só esquecemos o que pouco valorizamos.

     4. Acepção de pessoas. Ah! Que vergonha. Empresários e profissionais liberais costumam ser mais bem tratados (leia-se: receberem atenção após os cultos) que catadores de laranja e cortadores de cana (moro no interior de São Paulo). Pobres, negros, homossexuais, idosos não atraem os "dons pastorais". Vergonha.

     5.Plágio - Quê? Como assim? É uma prática antiga. Antes  eram livros chamados "sermonários". Hoje nem se copia mais sermões. Baixa-se o esboço no tablet (on line) e prega-se com a maior cara de pau. Mas DEUS TÁ VENDO.

     6.Falta de oração - Mas isso é pecado? Na vida de um pastor, é. Espera-se que um(a) servo(a) de Deus que goza do status de ministro do Evangelho, seja uma pessoa de oração. Pergunte a Samuel (1a. Sm 12:23).

     7.Auto promoçãoAinda mais com redes sociais como Facebook e Instagram! Tirar foto da igreja lotada e postar virou febre. Alguns não vão gostar do que estou dizendo. Divulgam "para a glória do Senhor". Ok. Divulguem também  o culto lotado da igreja de seu colega? Não é obra do Senhor também? 

     A lista é imensa e talvez um novo artigo se faça necessário, mas este foi escrito para que você ore pelo seu pastor. Caso o leitor seja um pastor... bom, peço que não se irrite comigo. Sou igualzinho a você: carente da misericórdia de Deus.  Medite e divulgue esse artigo. Quem sabe possamos impactar alguns pastores para a glória de Deus.

     A paz do Senhor.

sergiomarcosmevec@gmail.com 
     

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O sermão não pode terminar com "fica a dica".

     
     Sem incorrer no equívoco da generalização, o púlpito cristão tem se apresentado um tanto anêmico. Não é a toa que os cultos estão se tornado espaço de entretenimento. Boa música, coreografias bem elaboradas, teatro criativo, decoração moderna, assentos confortáveis e o tempo limite de uma hora ou mais, para não "cansar" os assistentes. Por quê? Talvez porque o púlpito se esvaziou.

     Receio que, o que hoje chamamos de "igreja", ou congregação dos santos, ou Israel de Deus ou mesmo o Corpo de Cristo na Terra, esteja se tornando uma extensão bizarra das redes sociais.

     O ímpeto profético, o "kerigma", o brado de vitória da cruz, o apelo do túmulo vazio, o chamado ao discipulado e seu preço, o convite amoroso à santificação e o derramar suave e poderoso do Espírito Santo, parecem ter permanecido num passado distante. Hoje é historia. Só podemos ver isso nos livros ou vídeos antigos do YouTube.

     O sermão precisa voltar a incomodar os acomodados e consolar os que estão sofrendo. O sermão precisa ser "A Palavra de Deus" e não "sobre (acerca da) a Palavra de Deus". O púlpito precisa voltar seu apelo à reflexão e não apenas à emoção. Como dizia Jonathan Edwards, iluminar a mente e aquecer o coração. O povo evangélico sofre de analfabetismo bíblico e a culpa é nossa! 

     O pregador não pode temer os que lhe ouvem. Não pode temer  afirmar e reafirmar a verdade. 

     Precisamos evitar a todo custo, no final do sermão, dar a impressão que a conclusão é um ... "fica a dica".  Mil vezes NÃO! Em vez disso, um retumbante "assim diz o SENHOR".

     Que assim seja, em nome de Jesus.