Pastorear é um dom, uma vocação. Mas tem se tornado, para muitos, uma profissão. Com o evento das mega-hiper-super-master-blaster- igrejas, uma profissão e tanto. Certo colega me contou que recebeu uma proposta de uma dessas igrejas midiáticas oferecendo-lhe um salário inicial de R$ 8.000,00. Nada mal para quem deseja ingressar no ministério.
Alguns poderão objetar: " - mas o ministério é árduo, não tem insalubridade e tem levado muitos ao stress antes dos 40 anos". Concordo. Mas um bom salário o livraria disso? Suspeito que não.
Segundo pesquisa norte-americana (ou estadudinense), cerca de 1500 pastores abandonam o ministério por ano naquele país. O número de divórcios entre pastores aumenta vertiginosamente e escândalos envolvendo sexo, dinheiro e poder, proliferam de modo assustador. Estaria o ministério pastoral em crise. Acredito que não. O que está em crise não é o ministério pastoral, mas o modelo pastoral adotado por grande maioria de "igrejas" que exigem do "homem do púlpito", algo mais que um mestre na Palavra, um conselheiro amigo e um servo misericordioso ao lado dos que sofrem. Exige tino administrativo, faro empresarial e liderança capacitadora para empreendedorismo religioso, algo totalmente divorciado da vocação pastoral tal qual a vemos nas escrituras.
Certa vez ouvi um colega se referir a outro dizendo: "Aquele pastor ali, ó, é um ladrão de ovelhas", referindo-se ao fato de haver perdido membros de seu rebanho para o rebanho do dito pastor. Engraçado. Eu sempre achei que os pastores não eram donos de seus ovelhas. Sempre pensei que fossem meros servidores. Se eu perdi ovelhas para outro pastor é porque eu as possuía. Só perco o que é meu. Profissionais pensam assim. Vocacionados, nunca!
"Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho", diz Pedro, o apóstolo, em sua primeira carta, capítulo 5, verso 3.
Creio que pastores de verdade são terceirizados. Pedro sabia disso, e após seus sábios conselhos conclui: "Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória" (vs 4). É isso aí! Somos terceirizados pelo Supremo Pastor. Pastoreamos as ovelhas dele. Ninguém é de ninguém. Com esse pensamento, chegando aos meus 25 anos de ministério pastoral, posso afirmar, categoricamente, que nunca perdi uma ovelha sequer para outro colega ou denominação, pois nunca possui ovelha alguma, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm 11:36).
Alguns poderão objetar: " - mas o ministério é árduo, não tem insalubridade e tem levado muitos ao stress antes dos 40 anos". Concordo. Mas um bom salário o livraria disso? Suspeito que não.
Segundo pesquisa norte-americana (ou estadudinense), cerca de 1500 pastores abandonam o ministério por ano naquele país. O número de divórcios entre pastores aumenta vertiginosamente e escândalos envolvendo sexo, dinheiro e poder, proliferam de modo assustador. Estaria o ministério pastoral em crise. Acredito que não. O que está em crise não é o ministério pastoral, mas o modelo pastoral adotado por grande maioria de "igrejas" que exigem do "homem do púlpito", algo mais que um mestre na Palavra, um conselheiro amigo e um servo misericordioso ao lado dos que sofrem. Exige tino administrativo, faro empresarial e liderança capacitadora para empreendedorismo religioso, algo totalmente divorciado da vocação pastoral tal qual a vemos nas escrituras.
Certa vez ouvi um colega se referir a outro dizendo: "Aquele pastor ali, ó, é um ladrão de ovelhas", referindo-se ao fato de haver perdido membros de seu rebanho para o rebanho do dito pastor. Engraçado. Eu sempre achei que os pastores não eram donos de seus ovelhas. Sempre pensei que fossem meros servidores. Se eu perdi ovelhas para outro pastor é porque eu as possuía. Só perco o que é meu. Profissionais pensam assim. Vocacionados, nunca!
"Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho", diz Pedro, o apóstolo, em sua primeira carta, capítulo 5, verso 3.
Creio que pastores de verdade são terceirizados. Pedro sabia disso, e após seus sábios conselhos conclui: "Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória" (vs 4). É isso aí! Somos terceirizados pelo Supremo Pastor. Pastoreamos as ovelhas dele. Ninguém é de ninguém. Com esse pensamento, chegando aos meus 25 anos de ministério pastoral, posso afirmar, categoricamente, que nunca perdi uma ovelha sequer para outro colega ou denominação, pois nunca possui ovelha alguma, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm 11:36).