quinta-feira, 2 de junho de 2011

Por que lutar pela unidade?


                     Sérgio Marcos


Muitos colegas de ministério, disseram não mais acreditarem na unidade da Igreja de Cristo. Não os condeno, pois sei que a unidade não é algo natural ao povo cristão evangélico. Nos fragmentamos em centenas (talvez milhares) de denominações e sub-divisões. Em cada uma destas, há marcas, ressentimentos e uma história cheia de contradições e interesses pessoais.

         No entanto, acredito que a unidade é possível por alguns motivos:

         Primeiro por que Jesus orou por unidade (João 17). Se o Mestre ocupou seu tempo em interceder por isso é porque na economia de Deus a unidade tem uma grande importância.

         Em segundo lugar porque o que nos divide não são doutrinas fundamentais, mas questões periféricas. Todo cristão de fé evangélica acredita que não há salvação fora do sacrifício vicário de Cristo e que somos salvos não por obras, mas unicamente pela graça, mediante a fé. Não há discordância com respeito a divindade de Cristo nem quanto a sua vinda iminente como Juiz e Rei.

         Em terceiro lugar, apesar de estarmos subdivididos em denominações, a organização básica da Igreja é a localidade. Não acredito na união denominacional, mas na unidade no local onde nos encontramos e vivemos. Cada cidade contém apenas uma Igreja de Cristo apesar de haverem diversas denominações. Basta um olhar sobre o livro de Atos para perceber que na mente do Espírito Santo, as igrejas são consideradas a partir das cidades onde se encontram. É comum cada igreja receber o nome da cidade onde se localiza.

       Faço minhas as palavras de Ruben Múzio, historiador cristão: Há quantas igrejas na sua cidade? 50, 100, 200, 300, mais que isso? Na realidade, existe apenas uma igreja e ela foi fundada pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Há apenas uma Igreja na sua cidade, porque há um só corpo, um só Espírito, uma esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai (lembre-se de Efésios 4:4-6, 1 Coríntios 12:12; Gl 3:28)”.

         Por último, acredito na unidade da Igreja porque vivo isso em minha cidade, onde pastores são amigos, cultuam a Deus juntos e reunem-se não para tratar de política ou de disputa de cargos, mas em orar e realizar projetos de evangelização que incluem exercício de cidadania e serviço ao próximo.

         Junte-se a nós. Temos que ser um. É nossa missão. Além da evangelização dos povos não alcançados, devemos lutar pela unidade da Igreja.

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