São 496 anos que nos separam do 31 de Outubro que entrou para a história como o dia da REFORMA PROTESTANTE. Os que tem algum tempo de estrada no evangelho percebem quanta coisa mudou de uns trinta anos para cá. O advento da cultura gospel agiu como uma fumaça, espessa o suficiente para impedir que o "Sola Gratia..." chegasse ao século XXI com a mesma visibilidade e poder com que atingiu a Europa naquele época.
Mas a Teologia Reformada está, lentamente, tomando lugar nas prateleiras das boas livrarias e os blogueiros sérios estão divulgando os grandes pregadores e autores que defendem a fé, nos moldes do Novo Testamento.
Para se ter uma ideia da forma como a teologia bíblica está encontrando espaço no meio evangélico, há quem se entenda como defensor da fé reformada e pentecostal, algo inusitado. Desde minha conversão, recebi a Palavra tal qual Jesus e os apóstolos ensinaram e sempre apreciei os ensinos reformados juntamente com a crença na contemporaneidade dos dons espirituais. Sou um adepto da fé reformada e pentecostal. Nunca vi incompatibilidade nisso apesar de somente hoje vir a definir-me assim. Tenho colegas que consideram tal amalgama, um absurdo, mas entendo que estamos num processo espiritual / teológico de crescimento, desentulhando toda heresia do neo-pentecostalismo que inunda, como uma tsunami, a sociedade brasileira pela TV, e provando que existem crentes que não abdicaram de seu poder de pensar, comparar e reagir como os bereanos, para ver como as coisas realmente são.
Que nesta data tão significativa da história da Igreja possamos comemorar a tão célebre frase: "Igreja reformada, sempre reformando". Não como um mero jargão, mas como uma realidade histórica, acontecendo diante de nossos olhos.
Soli deo glória.
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