O termo "igreja" está muito desgastado, e não é de hoje. Movimentos independentes deixaram de usar a palavra "Igreja" substituindo-a por "Ministério" há vários anos. Mesmo assim, a palavra grega "eclesia" (igreja) nunca esteve tão descaracterizada.
O termo, em seu uso original, significa "retirados para fora", mas foi recebendo outras conotações: "assembléia", "reunião", "congregação". Sua associação com templos ou capelas aconteceu a partir do século IV, quando o cristianismo começou a se institucionalizar. Em seu estado original, era um grupo de pessoas, mas passou a ser associado a um local físico, com endereço e um prédio.
A institucionalização do cristianismo deturpou a ideia de "eclesia" como pessoas unidas, retiradas do sistema secular para formarem uma comunidade de fé, governada apenas por Cristo, a Cabeça (Ef 4:15). Soaria estranho aos ouvidos dos apóstolos as expressões que usamos hoje: "Que horas abre a igreja?", "o restaurante fica em frente a igreja", "Quando eu sair da igreja vou direto para casa", etc.
Amigo, igreja são pessoas, unidas em torno da fé, tendo Cristo como seu Cabeça, o Espírito Santo como seu Guia, e Deus Pai como seu sustentador e protetor. Jesus foi claro em dizer que "onde dois ou três estivessem reunidos em seu nome, ali ele estaria", revelando a natureza desinstitucionalizada da Igreja. Vivemos no ocidente, onde o capitalismo selvagem chega ao cúmulo de levar uma pessoa a publicar nos classificados do jornal o anúncio absurdo da venda de uma igreja. No oriente, onde a igreja é perseguida de modo igualmente selvagem, ninguém confunde a Igreja, em sua essência, com a igreja institucional.
Pense nisso. Ame a Igreja. Viva para a Igreja. Seja Igreja. Que sua vida ajude muitos ao seu redor a ver Cristo em você. Isso é Igreja - a expressão viva do Cristo Vivo. O Corpo vivo de Cristo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário